segunda-feira, 28 de julho de 2008

Suas tendências

As Tendências de Camões


Toda a obra lírica de Camões foi publicada após sua morte, no volume Rimas (1595). É composta por diversas formas poéticas: éclogas, odes, sextilhas, oitavas, elegias, canções.


Mas é nas redondilhas e nos sonetos que o gênio camoniano

transparece de forma mais evidente.


As redondilhas de Camões resgatam a medida velha, o verso tradicional lusitano, o pentassílabo (redondilhas menores) e o heptassílabo (redondilhas maiores), para criar uma poesia refinada, ainda que ecoando sua origem popular. Melodiosas, as redondilhas recriam motes que remontam à tradição dos trovadores medievais.


Nos sonetos, poemas de 14 versos divididos em dois quartetos e dois tercetos, Camõesinspira-se em Petrarca e se utiliza da medida nova, o verso decassílabo de origem italiana, levado a Portugal por Sá de Miranda.


Costuma-se dividir os sonetos de Camões em dois grupos básicos: os clássicos, com predominância dos temas do neoplatonismo e do ideal da perfeição; e os maneiristas, que compõem a maior parte da sonetística camoniana.


- O maneirismo de Camões é entendido como um momento de transição entre a placidez clássica e o tumulto barroco. Nos sonetos maneiristas, o poeta envereda pelos temas do desacerto do mundo e da mutabilidade das coisas, que seriam tão caros aos poetas subseqüentes barrocos.


Obs.:


  • Medida velha: versos redondilhos maiores (sete sílabas) e menores (cinco sílabas)

  • Media nova: versos decassílabos.

Fontes:


http://www.klickeducacao.com.br/2006/materia/21/display/0,5912,POR-21-100-891-,00.html


http://www.portrasdasletras.com.br/pdtl2/sub.php?op=literatura/docs/liricacamoes

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